terça-feira, 16 de novembro de 2010

MANHÃ DE ESPIRITUALIDADE AGOSTINIANA

A Juventude Agostiniana Brasileira reuniu-se no dia 15 de novembro para seu primeiro encontro de espiritualidade agostiniana. O tema que foi abordado foi Agostinho e o homem interior, e o lema que animou este dia foi retirado do livro A Verdadeira Religião, de Santo Agostinho: A verdade habita no interior do homem.



 
O encontro se deu na Fraternidade Santa Mônica, bairro Nova Granada, em Belo Horizonte. Os participantes se reuniram na Fraternidade Agostiniana, bairro Barreiro de Baixo, e de lá rumaram ao local do evento.

Já na chegada foram acolhidos pelos formandos da Ordem de Santo Agostinho residentes naquela fraternidade. A temática do encontro foi trabalhada por Frei Luiz Antônio Pinheiro, agostiniano; e pelos formandos e jovens através de dinâmicas, palestras, momentos de oração, entre outros.

Estiveram presentes no encontro o vicário regional eleito do Vicariato Nossa Senhora da Consolação do Brasil, Frei Paulo Gabriel Lopez Blanco, e Frei Eustáquio Gouveia, da Fraternidade Agostiniana.

O encontro contou com um momento de interioridade e silêncio, e com a celebração da santa missa. Nesta rezamos por toda a família agostiniana, por Frei Paulo Gabriel que comemorou seu aniversário natalício e seus 35 anos de vida presbiteral, e pelo Brasil que celebrou a data da Proclamação da República.

Durante a homilia foi anunciado aos jovens o envio do coordenador da Juventude Agostiniana, Fábio Amaral, ao Encontro Latino Americano de Juventude Agostiniana que se dará em Lima – Peru, em janeiro de 2011. Ele representará os jovens agostinianos da Paróquia Cristo Redentor, de Belo Horizonte, e viajará junto com alguns alunos do Colégio Santo Agostinho das três unidades desta cidade.

Tal notícia foi acolhida com muito entusiasmo pelos presentes, que esperam firmar contato com outros jovens agostinianos espalhados pelo mundo, e com eles partilhar tão bonito carisma e suas experiências.

Por fim, o encontro encerrou-se com um almoço festivo, preparado pelos formandos da Ordem de ambas as Fraternidades, e com a expectativa para a um encontro regional de Juventude Agostiniana, que envolverá os jovens dos colégios, obras sociais e paróquias agostinianas de Minas Gerais.

Luis Hernandes Matos Leite
Belo Horizonte/MG

sábado, 13 de novembro de 2010

DIA DE TODOS OS SANTOS DA ORDEM

..::::O que é ser santo?::::..

 


Ser santo, questão ou divagação? Muita das vezes me pego divagando nesse questionamento, diante de tantos exemplos eu me debruço, contemplo e oro com os ícones e com as histórias heróicas daqueles que fizeram uma trajetória de amor entre acertos e erros, no entanto não deixaram o caminho, muitos deles tinham temperamentos tempestuosos, outros mais amáveis, outros mais determinados outros mais temerosos, uns intelectuais e outros nem tanto, no entanto o que os liga é o amor pelo Cristo.

Cristo, quem são esses e essas? Que todos os dias encontramos ao acordar, ao pegar o ônibus, na faculdade, ao sair ou chegar em casa, que muitas vezes passam despercebidos. Um dia caminhando por São Paulo eu escutei de um irmão de comunidade “esses invisíveis eram “Cristos” na rua dormindo ao sol devido alguma droga e quantos “Cristos” são invisíveis a nós”.

O santo quem é? Jesus no Evangelho de Mateus (25, 31-32ª. 34-40) nos convida a ser santos no serviço e na doação ao outro, mas não confundir com assistencialismo ou para manter aparências sociais, pois no mesmo Evangelho, no capitulo 7, depois de enumerar vários feitos de serviços ao próximo, Jesus diz “Não vos conheço; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”, pois ele deseja um coração desinteressado, de um amor convicto e humilde.


A santidade nas minhas reflexões está ligada ao tripé de salvação, do Amor a Deus, do amor ao próximo (a) e do amor a si, se uma desses estiver doente não conseguimos continuar no caminho, não é ser perfeito, mais não desistir da perfeição, devido ao verbo que se encarnou e ser tornou homem para tornar o ser humano divinizado. Muitas vezes deixamos essa certeza escorregar por entre nossos dedos e nos tornamos vaidosos, orgulhosos e egocêntricos.



O santo é aquele que descobre dentro de si o Deus que é a razão do viver, como diz Santo Agostinho; o santo está na entrega ao martírio por sua fé e pelos outros, como santa Madalena de Nagasaki; no exemplo de caridade como santo Tomás de Vila Nova; na devoção eucarística estimada por São João de Sahagún, ou da mística viva de Santa Clara de Montefalco;

No entanto todos tinham uma indescritível ligação que é um grande apreço pelos mais necessitados, seja os de necessidades materiais ou os espirituais, por terem encontrado o Cristo que professavam no outro e em si. Nessa dialética, me encontro no outro e encontro no outro o Cristo e no Cristo encontro o outro e a mim, sempre foi o caminho de santidade.

Será que nós queremos esse caminho entre tantos caminhos que colocamos a nossa frente?


Pois o primeiro chamado é o de ser santo, os outros é só como realizar essa vocação primeira e penso que nossa sociedade precisa urgentemente de santos, pois isso se tornou “démodé”, brega e cafona. Por isso devemos criar uma santidade mais ativa, mais presente, mais refinada e criativa. Para que o mundo perceba que outro mundo mais divinizado ainda é possível, livre de preconceitos, de exploração, de autoritarismo e de subjugação em que os direitos de vida e vida em abundancia sejam para todos.
*
Daniel Maia da Silva
Belo Horizonte/MG

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

NOVO PORTAL AGOSTINIANO NO AR!


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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

RETIRO DO ASPIRANTADO

 “Não perca de vista seu ponto de partida”

Aconteceu na Casa de Retiros Nossa Senhora do Cenáculo, em Venda Nova/ Belo Horizonte, entre os dias 31/10 a 02/11, mais um retiro espiritual dos formandos da Fraternidade Santa Mônica. A chegada ao local se deu no dia 31/10, à noite, onde nos fora proposto à experiência de um retiro em silêncio. A proposta, desafiadora, mesmo em meio a um final de semestre atribulado, foi acolhida pela maioria e colocada em prática, afinal, silenciar internamente é sempre um momento de autoconhecimento e escuta mais íntima da voz de Deus.


Orientados pela Ir. Silvete e baseando-se nos exercícios espirituais de Santo Inácio, o empenho de cada um foi de ter um encontro mais profundo com Jesus Cristo por meio da sua Palavra, fazendo memória das motivações vocacionais e os obstáculos superados na caminhada. “Passar para a outra margem” (Mc 4, 35-41) se faz necessário para a continuidade do processo formativo.


Coroou o retiro a celebração eucarística presidida pelo Frei Márcio Vidal, atual formador da comunidade.


Findado o silêncio, foi oportunidade de partilharmos as experiências de oração transcorridas nesses dias. Da Ir. Silvete, duas últimas orientações:
“priorizem a oração e percam tempo com Jesus”.
Que este retiro tenha sido um aprendizado para todos nós!

*
Leandro Santos de Carvalho
Belo Horizonte/MG

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

FOTOS OFICIAIS DO ENCONTRO VOCACIONAL



>>>Clique na Imagem e acesse as fotos!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

VOCAÇÃO: CHAMADO À VIDA, AO SEGUIMENTO E À SANTIDADE

“Olha! Nós deixamos tudo e te seguimos” (MT 19, 27)

Segundo semestre: período de importantes escolhas, fatos e mudanças. E nós brasileiros sabemos muito bem o porquê disso. Na política, ocorrem as eleições. Na economia, a determinação de taxas de investimentos. Nos esportes, a decisão da Copa do Mundo e do Campeonato Brasileiro. Na religião, o início do Ano Litúrgico, o Natal...
            Entretanto, mesmo sendo tão significantes, de maneira alguma, superam a maior de todas as decisões: O QUE SEREMOS? É o tempo dos vestibulares e das formaturas, do SIM e do NÃO, do IR ou FICAR, do BUSCAR ou do DESISTIR. É o momento de profundo DISCERNIMENTO.
            Por isso, procuramos bases sólidas para melhor escolhermos o caminho a ser percorrido. Razões que nos garantam uma verdadeira realização. Mas será que isso é possível? Por mais que a ciência tenha evoluído, será que conseguimos prever nossa vida de modo tão exato e seguro?
            Não! Toda escolha possui seus riscos. Somos seres humanos, em constante construção, imperfeitos. A dialética existencial que nos constitui, o vir-a-ser, ser e não-ser, sempre suscita em nosso coração a dúvida, a angústia e o medo. E, querendo ou não, precisamos tomar uma atitude.
            Muitos fogem da realidade. Outros preferem deixar de lado seus ideais a troco de uma situação mais confortável, estável e menos desafiante. Porém, há aqueles que se decidem a iniciar um projeto de vida autêntico, que não olham para o “querer ter” e sim para o “querer ser”, que buscam uma realização mais plena possível.
Nessas horas, vale a pena ser cristão, acreditar em um Deus, que “está conosco” (Salmo 46, 12). Se Jesus é a plenitude da revelação de Deus a nós, segui-lo é caminhar em direção a essa plenitude e dela participar. Portanto, a todos aqueles que se sentem chamados ao seguimento do Cristo, ainda mais especificamente na vida religiosa ou no sacerdócio, “não tenham medo!” (Mt 10, 31), pois a vocação é 

um arriscar-se nas mãos de Deus”.

Antes arriscar em Deus do que fora Dele. De qualquer forma, como religiosos ou leigos, padres ou pais de família, estar em Deus nos é o necessário, pois quem o segue “não caminha nas trevas, mas possui a luz da vida” (Jo 8,12), vida esta, que é a primeira dentre todas as vocações.
Seguir a Cristo é tomar a sua cruz. Cruz que simboliza o projeto de vida cristão autêntico, ciente das alegrias e das dificuldades, da calmaria e da tempestade dos mares da vida, que nos realize particularmente e que também leve os outros a se realizarem, que edifique o Reino e Reinado de Deus entre nós. Na vida religiosa ou não, as palavras de Jesus são as mesmas “quem não toma a sua cruz é não me segue, não é digno de mim” (Mt 10, 38).
Que a nossa vocação, seja também um chamado à santidade. Como nos diz o Papa Paulo VI na Evangelli nuntiandi: “Será, pois, pelo seu comportamento, pela sua vida, que a Igreja há de, antes de mais nada, evangelizar este mundo; ou seja, pelo seu testemunho vivido de fidelidade ao Senhor Jesus, de pobreza, de desapego e de liberdade frente aos poderes deste mundo; numa palavra, testemunho de santidade”.
A vocação é um chamado. Chamado à vida, chamado ao seguimento de Jesus, chamado à santidade. Seja ela qual for. “Os santos são como pequenos espelhos nos quais Jesus Cristo se contempla [...] Nem todos os santos começaram bem, mas acabaram bem” (São João Maria Vianney). Cabe a nós descobrirmos e assumirmos nossa vocação. Buscarmos a nossa realização, tornarmo-nos santos.
Coragem! Vamos OUVIR, DECIDIR e SEGUIR!

Leandro Aparecido Rossetto Alves
Belo Horizonte/MG

JUVENTUDE AGOSTINIANA

>>>>>>>>Os três pilares principais do carisma agostiniano são Interioridade, Vida em Comunidade e Serviço à Igreja. Além das ordens e congregações religiosas que bebem desse carisma há os grupos de leigos.
IDENTIDADE VISUAL OFICIAL DO GRUPO

            Os grupos de leigos são formados por pessoas que não sendo religiosos decidem experimentar o carisma e a espiritualidade agostiniana. Essas pessoas vivem no seu cotidiano princípios norteadores de uma vida cristã comprometida desde Santo Agostinho.
            Na Paróquia Cristo Redentor – Belo Horizonte surgiu um grupo de leigos que se identificaram com o carisma agostiniano. Essa paróquia tem como característica um trabalho desenvolvido em parceria entre frades e povo, num movimento dialógico e próximo. Assim sendo, é comum perceber leigos que se sentem diretamente ligados ao jeito agostiniano de ser.
            De tal modo que ao surgir um grupo de jovens no ano passado, os jovens foram assimilando os elementos principais que distinguem os agostinianos na Igreja. A partir do surgimento do grupo, e posteriormente com o interesse por uma identificação agostiniana, os jovens receberam uma assessoria dos formandos da Fraternidade Agostiniana, e um apoio do frei Luiz Antônio.
            Este grupo, que agora tem por nome Juventude Agostiniana, não quer ser algo isolado na Igreja senão um grupo atuante na realidade política-eclesial-social na qual está inserido. O carisma agostiniano ao invés de enclausurar o grupo numa atuação limitada abre-o para os mais variados serviços e atividades, tendo, porém como diferencial aquele “jeito agostiniano de ser”, e nutrindo-se a partir de tão rica espiritualidade.
            A Juventude Agostiniana trabalha várias temáticas em suas reuniões, tratando, assim, de discutir os problemas da sociedade hodierna, além de um olhar crítico sobre a própria dimensão religiosa do ser humano.

            Dentro das diversas propostas temáticas trabalhadas, o grupo articula ação social e pastoral, para não se reduzir a um grupo de mera discussão.
            Em 2010 os jovens já visitaram asilos, trabalharam em projetos arquidiocesanos, em atividades paroquiais e comunitárias.
Teatro sobre a vida de SANTO AGOSTINHO
            Uma marca diferencial nesta forma de Pastoral da Juventude Agostiniana é a presença viva dos três pilares desse carisma. O grupo propicia aos jovens a criação de laços de amizade e fraternidade, que os impulsionam a um olhar para si mesmos. A partir daqueles laços e de uma reflexão sobre o próprio eu e a busca de Deus na interioridade acontece a ação pastoral, que é propriamente o serviço à Igreja.
                        Já se somam mais de 25 jovens, os que integram o grupo, vindos das mais variadas realidades sociais e econômicas. A faixa-etária é variada, os membros oscilam entre 15 e 28 anos.
Os jovens estão cada vez mais interessados em descobrir a nossa espiritualidade, devemos, pois, assumir a missão de acompanhá-los mais frequentemente a começar por nossas orações, e mesmo visitas ao grupo.
Vale lembrar que além da presença dos formandos da Ordem de Santo Agostinho, os jovens agostinianos contam com uma formanda dominicana. Esta congregação também bebe de fontes agostinianas, pois tem a regra de Santo Agostinho como sua.
Visita à Casa de Repouso dos Idosos
Santa Mônica é a comunidade da Paróquia Cristo Redentor na qual a Juventude Agostiniana tem sede. Peçamos, pois, a boa mãe de Agostinho que interceda por esses jovens que se lançam inquietos na busca por Deus.

Luis Hernandes Matos
Belo Horizonte/MG

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CAPÍTULO GERAL INTERMÉDIO

A SEGUIR NA ÍNTEGRA O PRIMEIRO DOS BOLETINS INFORMATIVOS
ENVIADOS POR FREI LUIZ ANTÔNIO PINHEIRO.
 
>>>Foto oficial do Capítulo Geral Intermédio, Manila, Setembro - 2010

*
>>>>Depois de 27 horas de viagem, intercaladas com dez horas nos aeroportos (Belo Horizonte – São Paulo – Los Angeles – Seul) cheguei a Manila. Tendo saído de BH dia 16 - perde-se um dia ao atravessar a linha divisória do horário internacional, do outro lado do mundo – aqui estamos desde ontem, 18 de setembro. Já ao desembarcar em Manila, antes mesmo de passar pelo controle de imigração e de alfândega, havia um funcionário com uma plaqueta com meu nome, dando as boas-vindas. Feito o controle de passaportes, fui conduzido à sala VIP, onde os professos filipinos faziam o serviço de acolhida. Assim se percebia, desde o início, a boa organização do Capítulo neste outro lado do mundo.

>>>>Ao sair do aeroporto, o calor úmido se fez sentir, junto com o tráfego intenso. As Filipinas são um arquipélago constituído por 7107 ilhas, três grandes e as demais pequenas. Luzón é a ilha onde se encontra Manila, junto com outras onze cidades, num grande aglomerado com aproximadamente doze milhões de habitantes. Depois de duas horas atravessando várias dessas cidades, chegamos ao local onde vai se realizar o Capítulo, no município de Malolos, Província de Bulacan. É um hotel dentro do campus universitário da University Regina Carmeli das Irmãs Agostinianas de Nossa Senhora da Consolação (Sisters of Our Lady of Consolation). O hotel faz parte de um dos cursos da universidade: turismo e hotelaria; assim que o serviço é de primeira.

>>>>Pouco a pouco foram chegando boa parte dos capitulares que vinham diretamente para cá. Outros, que chegaram antes e que estavam alojados em várias comunidades, vieram hoje. Cerca de 40% são conhecidos, de vários encontros, convivência em Santa Mônica, etc.

>>>>Hoje, 19 de setembro, domingo, foi aberto o Capítulo com a Eucaristia solene celebrada no Convento de San Agustín intramuros, presidida pelo Prior Geral, Fr. Robert Prevost. No início da missa o Provincial das Filipinas, Fr. Carlos Morán e o Vicário Regional do Oriente, Fr. William Araña fizeram sua saudação especial aos Capitulares e aos fieis presentes.

>>>>O convento, pertencente ao Vicariato do Oriente, é do séc. XVII, sendo a construção mais antiga da Ordem nas Filipinas. Na verdade, o lugar mais antigo da Ordem é Cebú, onde está o santuário nacional do Santo Niño de Cebú, cuja construção, porém, é posterior.


Um pouco de história




>>>A conquista das Ilhas Filipinas pela coroa da Espanha aconteceu na segunda metade do séc. XVI. O arquipélago tem esse nome em homenagem a Filipe II, rei da Espanha naquele então. Os Agostinianos estão a ela associados sendo os primeiros evangelizadores do Arquipélago, aí destacando-se as figuras de Fr. Martín de Rada e Fr. Andrés de Urdaneta. O comandante da expedição foi Miguel López de Legazpi, que está sepultado na igreja do convento San Agustín de Manila. Quem projetou a missão nos seus detalhes foi o famoso marinheiro, experiente nas viagens marítimas, Fr. Andrés de Urdaneta, que, após sua conversão, entrou para os Agostinianos na Nova Espanha (atual México). O frade marinheiro tornou-se famoso pela descoberta do tornaviaje, ou seja, o caminho de volta, seguro e mais rápido, das Filipinas para a Nova Espanha, começando a 1 de junho e chegando a Acapulco em 30 de outubro de 1565. Depois de uma série de revezes e contendas diplomáticas, acontece a submissão dos naturais e a 24 de maio de 1571 fundava-se a cidade de Manila, iniciando-se assim a colonização das Ilhas e o processo da evangelização, liderado pelos Agostinianos.

>>>>Nos finais do séc. XVI funda-se a Província Agostiniana das Filipinas que, por três séculos teve sua sede em Manila. Com a expulsão dos espanhóis em 1898 e a tomada das Filipinas pelos ingleses e depois, no séc. XX, pelos americanos, a sede é transferida para a Espanha, no Real Colégio de Valladolid. A conjuntura desse episódio e a realização do I Concílio Plenário Latinoamericano em Roma no ano de 1899 é que trouxe os Agostinianos das Filipinas para a América, ocorrendo então o estabelecimento da Ordem no Brasil e na Argentina. Recordemos que em 1885, a Província das Filipinas assumia a regência do Real Monasterio de El Escorial, onde dez anos após se fundava a Provincia Agustiniana del Sagrado Corazón de Jesus de Madrid, de onde procederam os frades que fundaram nosso Vicariato Matritense, os quais chegaram ao Brasil em setembro de 1929.

>>>>A Província das Filipinas, com uma longa tradição missionária, ajudou a reavivar províncias latinoamericanas semi-mortas, como as do Peru, de Quito (Equador) e da Colômbia, além de estabelecer várias missões no Oriente e na África. Em 1983, dela se desmembrou uma nova Província constituída em sua maioria por filipinos: a Provincia Agustiniana del Santo Niño de Cebú.

>>>>Há atualmente nas Filipinas duas circunscrições agostinianas: o Vicariato do Oriente (casas da Província das Filipinas – espanhola) e Província de Cebú (nativa das próprias Filipinas, que conta atualmente com mais de cem frades). As duas circunscrições juntas, têm mais de cem formandos nas diversas etapas formação.

>>>>Em sua homilia, o Padre Geral recordou que em 2008 era celebrado o V Centenário do nascimento de Andrés de Urdaneta, o qual, navegador famoso, depois de anos de guerra, descobriu uma mensagem de mudança de vida no ensinamento de Santo Agostinho: Urdaneta aprendeu que a única resposta ao desejo do coração humano só pode ser encontrada em Deus e no seu amor. Usando a imagem do tornaviaje – “viagem de retorno”, afirmou que o frade marinheiro viveu uma viagem de retorno muito mais importante: a sua conversão e o seu ingresso na vida religiosa agostiniana simobolizam um tipo muito diferente de retorno: o retorno, a conversão a Deus.

>>>>Essa imagem pode ser uma imagem muito apropriada para nós Agostinianos, ao iniciarmos o CGI: também nós somos convidados a realizar uma viagem e a descobrir que o a verdadeira viagem é aquela que conduz a Cristo, como aconteceu com Agostinho. Para nós religiosos consagrados, a viagem é uma existência ao serviço de Cristo, especialmente como comunidade de discípulos, e como Agostinianos o fazemos na e através da vida comum e dos serviços apostólicos. Mas, pode acontecer que, em algum ponto ao longo do caminho, possamos diminuir a marcha, tornando-nos satisfeitos conosco mesmos ou distraídos, até mesmo parar e ficar estagnados na nossa vida espiritual, no nosso caminho espiritual, no nosso trabalho pastoral. O mesmo pode acontecer às nossas comunidades e circunscrições, ao ponto de perderem a força de inspiração e a capacidade de atrair os outros. O entusiasmo pleno de energia, típico dos jovens, pode gradualmente desaparecer e podemos facilmente escorregar na rotina cotidiana, sempre a mesma, que não muda jamais.

>>>>Assim como na experiência do tornaviaje de Urdaneta, podemos, neste momento histórico, retomar a mudança, encontrar uma nova estrada, através da pergunta: queremos manter o que temos, permanecer onde estamos, ou, pelo contrário, queremos escutar o coração inquieto, em atitude orante, estar atentos à Palavra de Deus e também escutar quem procura conosco, e lêem os sinais dos tempos?

>>>>O próprio texto do Evangelho do domingo: “nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou odiará um e amará o outro, ou ainda amará um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13), é um convite a esse tornaviaje. Em diferentes contextos da vida religiosa se faz uma considerável reflexão sobre a questão “manutenção ou missão”? Para nós, a pergunta pode ser colocada dessa maneira: estamos simplesmente mantendo as coisas como estão ou o espírito missionário está vivo nos nossos corações?

>>>>Quando pensa em sua compreensão o ministério, o grupo que quer apenas manter, dirá: “Devemos ser fieis ao nosso passado”, enquanto a comunidade com espírito missionário dirá: “devemos ser fieis ao nosso futuro”. Ao medir a sua eficácia, a comunidade interessada na manutenção perguntar-se-á: “Como é financeiramente praticável esse apostolado?” enquanto a comunidade empenhada na missão fará a pergunta: “Como se podem fazer muitos discípulos?”. A comunidade empenhada em manter pensará antes de tudo em como salvar a própria congregação. A comunidade empenhada na missão pensará antes de tudo em como atingir o mundo.

>>>>Ao finalizar sua homilia, o Prior Geral citou Santo Agostinho a propósito do segundo livro do seu comentário ao “Sermão da Montanha”, onde explica a impossibilidade de servir a dois senhores, asseverando que o ódio a Deus, por escolher outro senhor, pode ser a indiferença, dando por suposta a graça de Deus. E esta poderia ser a nossa situação, tendo perdido o entusiasmo inicial, ficamos satisfeitos já com o que estamos fazendo. O Evangelho recorda a todos nós a necessidade de fazer uma escolha radical, uma doação total de nossa vida a Deus e à missão do Evangelho.

>>>>Após a missa, cuja liturgia foi animada pelos mais de cem formandos das diversas etapas, das duas circunscrições, houve um almoço de congraçamento num dos pátios internos do convento, com a presença dos capitulares, das Irmãs agostinianas de varias congregações e leigos/as da Família Agostiniana. A seguir, houve uma visita guiada ao museu Fray Andrés de Urdaneta. Voltamos então, na metade da tarde, ao local da realização do Capítulo, onde todos ficaremos alojados.
No final da tarde, após as instruções sobre a programação e aspectos práticos, concluímos do dia com as Vésperas e o jantar.

Frei Luiz Antonio Pinheiro,osa
Manila, Filipinas

 >>>ÁLBUM DE FOTOS<<<

















sábado, 25 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010...Pensar a Política na perspectiva Cristã

“Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito” (Rm 12,2).





Deus criou todas as coisas para o bem estar do ser humano. Tudo foi dado para todos. Esse mundo que conhecemos se pensarmos é o melhor dos mundos, pois ele nos oferece tudo que precisamos para a nossa sobrevivência. Mas como afirma São Paulo, escrevendo para a comunidade de Romanos, nós que estamos neste mundo não podemos nos conformar somente com o que esta aí no mundo, mas precisamos ir além, transformar, renovar, pensar e julgar, para que assim, esse mundo não se torne um mundo caótico, onde a desordem tome conta. Para que se tenha uma harmonia entre as pessoas é necessário leis, regras que visem o bem comum.

E para que haja mudanças é necessário que nós habitantes desse mundo, vivendo em comunidade/sociedade, lutemos com ideais comuns/sociais. O mundo é subdividido em várias partes, tais como: continentes, país, estado, cidades, bairros. E nessas pessoas que elegem seus líderes.

No nosso país, estamos vivendo um tempo de mudanças; aproximam as eleições, e nós somos os principais responsáveis pelo mundo/país que queremos para os próximos anos. “As eleições devem marcar o rumo que desejamos imprimir na sociedade. Ainda hoje se nota nas campanhas políticas muito do interesse exclusivamente pessoal do poder pelo poder, do enriquecimento próprio e daqueles que os apóiam com promessas de recompensas no futuro. Uma reforma política, tão desejada e almejada por tantos, ainda se faz esperar” (Dom Oroni Tempesta). O trabalho político, ao qual todos somos chamados, cada um segundo a sua maneira de ser, é uma forma de mostrar a incidência do Evangelho na vida concreta, visando à construção de uma sociedade justa, fraterna e equitativa.

Dom Walmor, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, em seu artigo “Igreja e os partidos” afirma que “A política é assunto que interessa a Igreja Católica em sua missão, em seu caminho de evangelização”, sendo assim, nós como bons Cristãos que somos, precisamos rezar pelas pessoas que iram fazer suas escolhas, no dia das eleições, escolhendo candidatos, que tenham capacidade de dar seguimento nos trabalhos, e esses precisam ser pessoas que tenham capacidade de administrar, pensar maneiras de defender a dignidade da pessoa humana. E mais ainda rezar pelos candidatos que forem aprovados pelo povo, que o Espírito Santo ilumine-os para que a preocupação com o bem comum e fraternidade com respeito aos verdadeiros direitos humanos na construção da civilização do amor esteja presente no seu programa de governo.


E nós, participando de maneira efetiva na política, estaremos colaborando, e fazendo a vontade de Deus, sendo justos, participativos, com certeza transformaremos o mundo de maneira muito mais fácil.

Clésio Dias
Belo Horizonte


terça-feira, 21 de setembro de 2010

FOTOS DO ENCONTRO JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS, CLIQUE!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NOSSO NOVOS CANAIS DE
COMUNICAÇÃO VIRTUAL:

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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MISSÃO EM VIEIRAS/MG

“Avançai para águas mais profundas” (Lc 5,4)
*
Com esta motivação Frei Márcio,OSA e alguns religiosos e religiosas Agostinianos Assuncionistas, estiveram do dia 09 a 13 de setembro, na Paróquia Senhor Bom Jesus em Vieiras - MG; realizando um trabalho missionário.


Foi um momento rico de visitas aos enfermos e as famílias (tanto na cidade como na zona rural). Foi desenvolvido um trabalho com as crianças, adolescentes e com os jovens, além de lindas celebrações rendendo graças ao patrono da cidade.

Frei Márcio Ferreira
Diadema/SP

GRITO DOS EXCLUÍDOS - PROFESSÓRIO

No dia 7 de setembro a comunidade do professório esteve presente no grito dos excluídos em Aparecida/SP, que teve como tema: Vida em primeiro lugar: onde estão nossos direitos?


O grito tem como objetivo: anunciar em diferentes espaços e manifestações populares sinais de esperança com a perspectiva de transformação por meio da unidade, organização e das lutas populares.




   Por isso vamos juntos gritar,
para construir um Brasil melhor!

Frei Márcio Ferreira
 Diadema/SP