sábado, 1 de maio de 2010

PASSEIO À SERRA DA PIEDADE - Caeté – MG.

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“O motivo primordial pelo qual vos haveis congregado em comunidade é para que vivais em comunhão, tendo uma só alma e um só coração orientados para Deus” (Regra 1)
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A comunidade Santa Mônica, realizou no dia 21 de Abril do corrente ano, seu passeio comunitário. Juntos, 14 seminaristas e os formadores, Frei Alberto e Frei Márcio Vidal, foram conhecer a Serra da Piedade. Ficamos maravilhados com a beleza natural. A Serra com a natureza envolta desperta para a certeza da presença de Deus no mundo. Ela lembra àquele que crê que Deus é Criador. Em comunidade, nos divertimos e refletimos acerca da criação de Deus. Eu dizia que é preciso ver a natureza como se vê as nuvens. Várias são as formas com as quais podemos nos defrontar: um elefante, um cordeiro, um véu de noiva, uma cascata, uma água viva gigante, uma imagem de uma santa, etc. Basta ter olhos para ver. E, de fato, nos encantou perceber na natureza sua evolução, seu movimento, seu ritmo, suas reivindicações, o seu silêncio”.
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Na oportunidade, aproveitamos para fazer um momento de intimidade e proximidade com Deus, onde refletimos a importância do silêncio,
o silenciar, para que Deus fale ao nosso coração.
O silêncio é a primeira linguagem de Deus.
Oração não é algo que nós fazemos para Deus.
Oração é algo que Deus faz por nós.
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Por isso foi de fundamental importância o momento de deserto que experimentamos, afim de aprendermos a apreciar o silêncio, porque só o equilíbrio proporcionado pelo silêncio será capaz de dar o acesso ao conhecimento mais verdadeiro que está dentro de nós mesmos.
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Este foi um passeio que muito agradou a nossa comunidade religiosa.
Foi um dia maravilhoso, vivendo-se em comunidade e em espírito fraterno.
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Adriano César da Silva Souza
Belo Horizonte/MG

FESTA DA CONVERSÃO DE NOSSO PAI SANTO AGOSTINHO

“Vivamos honestamente, como em pleno dia: não em orgias e bebedeiras, prostituição e libertinagem, brigas e ciúmes. Mas vistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não sigam os desejos dos instintos egoístas” (Rm 13, 13-14)

>>>Nossa família agostiniana comemorou no último sábado, dia 24 de abril, a data da Conversão de Santo Agostinho. Os formadores e vocacionados das duas casas de formação presentes em Belo Horizonte (Fraternidade Santo Agostinho e Fraternidade Santa Mônica), reuniram-se em torno da mesa da eucaristia para celebrarem esse dia tão importante para nossa Ordem. Em seguida, foi servido um almoço, encerrando-se, assim, os festejos.


Comemora-se a Conversão de Santo Agostinho na data em que foi batizado, no dia 24 de abril do ano de 387 d.C, na catedral de Milão, por Santo Ambrósio, juntamente com Alípio, seu melhor amigo, e Adeodato, seu filho.


Devemos nos lembrar que essa conversão não se deu instantaneamente, mas num período de aproximadamente um ano. Inicia-se com o episódio do “Tolle et lege!” (“Toma e lê!”) e de Rm 13,13, marco de sua inquietação pela busca da verdade, de sua angústia vital e insatisfação com a vida desregrada que tinha, culminando em o seu batismo, ápice de sua opção pelo cristianismo.


Festejar essa ocasião é, para nós agostinianos, não apenas um momento de reunião e confraternização, tão pouco um simples simbolismo ou ritual. É também, uma oportunidade para a reflexão sobre aquilo que ainda necessitamos nos converter nesta caminhada na vida religiosa. Ainda, um momento de reavivamento de nossa vocação e do carisma agostiniano.


Portanto, a Conversão de Santo Agostinho é tornar presente em nossa vida a mesma busca da verdade que, consequentemente, levou-o ao encontro de Deus, verdade maior. É assumir o compromisso de testemunhar em gestos e palavras tudo aquilo que o próprio Santo Agostinho nos deixou como exemplo.

O exemplo de Agostinho é o exemplo daquele que tomou para si, como projeto de vida, o Evangelho de Jesus Cristo. Que as medidas de nossas ações, o amor e a amizade, sejam tomadas sob a luz do mesmo Evangelho que conduziu Santo Agostinho à uma vida de santidade.
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Leandro Aparecido Rossetto Alves
Belo Horizonte/MG

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho


Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho, mártir da causa indígena
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Há 25 anos Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho, pertencente à Congregação das Missionárias Agostinianas Recoletas (MAR) foi assassinada.
Natural de Cachoeiro do Itapemirim – ES recebeu o hábito religioso no dia 02 de outubro de 1952 e adotou o nome religioso de Sor Maria Ângelis Coelho de São José. Emitiu seus primeiros votos religiosos em 03 de outubro de 1953.
Em 1982, foi autorizada pela sua congregação a assumir a Pastoral Indígena da Prelazia. Mais tarde, foi nomeada coordenadora da Sub-Regional Norte 1 do Conselho Indigenista Missionário (CIME), que abrangia as Prelazias de Lábrea e Coari. Em defesa da terra e da paz indígena, justamente no exercício de seu trabalho missionário, Irmã Cleusa, foi cruelmente assassinada, às margens do rio Paciá. O corpo da Irmã Cleusa foi achado nu e escalpelado. O braço direito tinha sido decepado, a mão direita jamais foi achada; a cabeça e o tórax estavam crivados por mais de cinquenta chumbos de espingarda de caça, além de apresentar costelas quebradas, crânio e coluna vertebral fraturados. Dedicou 32 anos de sua vida missionária ao serviço dos mais empobrecidos: os hansenianos, os presidiários, os cegos, os menores de rua, os índios.
A exumação de seu corpo deu-se no dia 23 de maio de 1991, os restos mortais foram depositados na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Lábrea - Amazonas. Os ossos do seu braço direito, decepado na hora do crime, estão, desde o dia 02 de junho de 1991, depositados na Catedral Metropolitana de Vitória, quando então foi iniciado o processo de sua beatificação, cujo encerramento se deu na Arquidiocese de Vitória, aos 25 de abril de 1993.
A memória desta mártir não nos pode deixar em paz. Entender essa doação e imitá-la e nossa meta. A doação de Irmã Cleusa, antes de fanatismo ou partidarismo, é conseqüência da opção por Jesus. Optar pelo Senhor é fazer as mesmas opções que Ele. “O mártir é a testemunha mais genuína da verdade da existência. Ele sabe que, no seu encontro com Jesus Cristo, alcançou a verdade a respeito da sua vida, e nada nem ninguém poderá jamais arrancar-lhe esta certeza. Nem o sofrimento, nem a morte violenta poderão fazê-lo retroceder da adesão à verdade que descobriu no encontro com Cristo. Por isso mesmo é que, até agora, o testemunho dos mártires atrai, gera consenso, é escutado e seguido. Esta é a razão pela qual se tem confiança na sua palavra: descobre-se neles a evidência dum amor que não precisa de longas demonstrações para ser convincente, porque fala daquilo que cada um, no mais fundo de si mesmo, já sente como verdadeiro e que há tanto tempo procurava. Em resumo, o mártir provoca em nós uma profunda confiança, porque diz aquilo que já sentimos e torna evidente aquilo que nós mesmos queríamos ter a força de dizer” (cf. Fides et Ratio). Gastar a vida pelos outros é a essência do seguimento de Jesus. Que a lembrança nos mártires não nos deixe dormir em paz.
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Frei Felipe Cruz
São Paulo/SP

ARRISCAR-SE


>>>>>Acordei assustado, um pouco trêmulo. A noite que havia passado trouxe consigo uma vaga lembrança, que me questionava cada vez mais.
Havia me recordado de um fato que se sucedeu anos atrás, quando ainda não conseguia entender o porquê de Deus chamar pessoas para si. Esses escolhidos eram pessoas comuns, muitas vezes simples, mas que de alguma forma modificavam a vida daqueles que os cercavam, e mesmo de muitos outros que nem chegaram a conhecer.
No sonho da noite passada, estavam presentes as minhas lembranças mais antigas, havia um barco com alguns pescadores. Estes jogavam mansamente suas redes sobre as águas do mar, que naquele dia estavam turvas.
Pouco a pouco aquele barco distanciava-se da praia, e afastando-se lentamente tornou-se invisível para mim. Eu já não conseguia enxergá-lo, tampouco aqueles que nele estavam. O sol como se a acompanhar o barquinho, começou a se pôr. Os seus últimos raios, que ao tocarem o meu rosto davam-lhe uma tonalidade dourada, despediram-se, e o sol cedeu seu lugar à lua. Nunca mais vi aquele barquinho. Este foi o sonho.
Pus-me a refletir sobre o que representava realmente aquele barco. Senti-me, então, em seu lugar. O barco guiado por aqueles que nele estavam, e levado pelo vento, arriscava-se no mar.
O frágil barquinho, tão comum àquela região em que habitava, garantia aos pescadores irem às águas mais distantes para pescar. Era sumamente importante, era a garantia do sustento de inúmeras famílias, mas ao mesmo tempo não passava de um pobre e pequeno barquinho.

Muitas vezes os ventos fortes o deixavam desnorteado, e com o agitar das ondas via-se cada vez mais fragilizado, até que um dia já não lhe seria possível transportar ninguém, e consumido lentamente, seria talvez lembrado apenas por seu dono.
As águas turvas não permitiam aos pescadores observarem o fundo do mar, porém o pobre barquinho os mantinha firmes na sua busca por peixes. Ele transmitia-lhes uma segurança ímpar. Mesmo na escuridão das águas, estavam firmes.
Somos, pois, como barquinhos, muitas vezes chamados à uma missão difícil e cheia de intempéries. Os ventos nos sacodem, e o mar parece-nos muitas vezes misterioso, mas aquilo que fazemos pode ser essencial para transformar a vida de muitas pessoas. Como o barquinho podemos um dia vir a definhar, e talvez não sermos mais recordados, mas aquilo que realizamos nunca poderá ser apagado.
O pobre barquinho desapareceu de minha vista naquele dia, mas havia alguém do qual ele não passava despercebido, e que em qualquer lugar em que estivesse, seria observado. O Senhor que criou aquele mar, as madeiras para formar o barco, podia vê-lo adentrando o oceano, e sem o perder um minuto que fosse, garantia-lhe chegar aonde iam os cardumes, para que os pescadores pudessem saciar suas famílias.
Este Senhor utilizou-se do barquinho para me ensinar quão bela é a vocação daqueles que se arriscam para levar as pessoas ao infinito. Depois de despertar daquele sonho, entendi que vocação é acreditar no projeto de Deus, sem se preocupar com reconhecimentos mundanos, sem temer as agitações da vida, e confiante de chegar um dia ao porto seguro.
Venha arriscar-se conosco, seja um religioso agostiniano!!!!


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Luis Hernandes Matos Leite
Belo Horizonte/MG

segunda-feira, 26 de abril de 2010

SENHOR, VÓS SABEIS QUE OS
PENSAMENTOS DOS HOMENS
SÃO INSEGUROS E FRÁGEIS;
POR MARIA, NA QUAL SE ENCARNOU
VOSSO FILHO,
ENVIAI-NOS O DOM DE VOSSO CONSELHO,
QUE NOS LEVE A CONHECER O QUE É
DE VOSSO AGRADO
E NOS DIRIJA EM NOSSOS TRABALHOS.
POR CRISTO NOSSO SENHOR, AMÉM!

Nossa Senhora, Mãe do Bom Conselho
ROGAI POR NÓS!

PENTECOSTES E SANTA RITA

>>>“De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiam e repousavam sobre cada um deles. Ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2, 1-4)
>>>O Pentecostes marca o início da Fé do povo em Cristo, pois é a partir do momento que o Espírito de Deus desceu sobre eles, que os povos começaram a se perguntar: Como é possível que eles consigam se comunicar em todas as línguas?
>>>Nesse ponto a verdadeira missão da igreja começa; que é fazer com que todos entendam as palavras de Jesus, ou pelo menos as ouvissem em sua língua mãe. Dessa forma, Deus dá oportunidade para todos os povos de se converterem pelas palavras de fé de seu Filho muito amado. Assim não temos a desculpa de que não conhecemos suas palavras de verdade. >>>Naquele momento o Espírito de Deus desceu sobre eles, e todos passam a ter uma fé que jamais tiveram. A partir de então levar a palavra de Deus a todos os povos, independente de seu idioma, pois, o Espírito estava com eles, dessa forma todos puderam ouvir as palavras de salvação em sua própria língua, facilitando a compreensão e o entendimento.
>>>O Pentecostes para Rita foi a luz do Espírito Santo a iluminar em sua vida desde a infância para o encontro com Jesus Cristo.

>>>Quando ainda menina passava vários momentos no silêncio e contemplação de Jesus Crucificado. E o Espírito Santo lhe ensinou o sentido da obediência aos pais, que a levou a ser dada em casamento a um homem de má índole fazendo-a sofrer por longo tempo.
>>>Com a morte de seu marido e os dois filhos, Rita passou a se dedicar a um sonho de menina de servir radicalmente ao Senhor. Ao ingressar no convento das agostinianas, desenvolveu um excelente trabalho espiritual para o bem das pessoas que necessitavam, além de sua intensa caridade com os pobres e oprimidos.

>>>Movida pelo mesmo Espírito Rita pediu um sinal que a associasse a Paixão de Cristo: o estigma do espinho na testa foi a marca recebida de tal piedade.
Se o Pentecostes para nós é a vinda do Espírito Santo, promessa de um Cristo vivo, para Rita, não foi diferente: o que ela pediu foi atendido, porque só pediu o amor e se ofereceu como hóstia viva ao Senhor.
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Sérgio Braz Correia
Franca/SP

OURO PRETO - 21 DE ABRIL

>>>No dia 21 de abril a Fraternidade Agostiniana se reuniu na cidade histórica de Ouro Preto-MG, com o intuito de participar da Solenidade do Dia da Inconfidência Mineira e das homenagens a Tiradentes.

>>>Também dentro desse importante evento, aconteceu a tradicional entrega da Medalha da Inconfidência, sendo considerada a mais alta condecoração concedida pelo Governo de Minas Gerais, que é uma homenagem às pessoas que contribuíram para o desenvolvimento do estado e do país. Nesse ano foram homenageadas 279 pessoas, dentre elas Frei Luiz Antonio Pinheiro, OSA, Prior e Formador de nossa comunidade. >>>Estamos muitos felizes e satisfeitos com esse acontecimento, que é para nós, agostinianos, motivo de orgulho. Sentimo-nos lisonjeados com tamanha homenagem.
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Danilo Gomes
Belo Horizonte/MG