sexta-feira, 8 de outubro de 2010

VOCAÇÃO: CHAMADO À VIDA, AO SEGUIMENTO E À SANTIDADE

“Olha! Nós deixamos tudo e te seguimos” (MT 19, 27)

Segundo semestre: período de importantes escolhas, fatos e mudanças. E nós brasileiros sabemos muito bem o porquê disso. Na política, ocorrem as eleições. Na economia, a determinação de taxas de investimentos. Nos esportes, a decisão da Copa do Mundo e do Campeonato Brasileiro. Na religião, o início do Ano Litúrgico, o Natal...
            Entretanto, mesmo sendo tão significantes, de maneira alguma, superam a maior de todas as decisões: O QUE SEREMOS? É o tempo dos vestibulares e das formaturas, do SIM e do NÃO, do IR ou FICAR, do BUSCAR ou do DESISTIR. É o momento de profundo DISCERNIMENTO.
            Por isso, procuramos bases sólidas para melhor escolhermos o caminho a ser percorrido. Razões que nos garantam uma verdadeira realização. Mas será que isso é possível? Por mais que a ciência tenha evoluído, será que conseguimos prever nossa vida de modo tão exato e seguro?
            Não! Toda escolha possui seus riscos. Somos seres humanos, em constante construção, imperfeitos. A dialética existencial que nos constitui, o vir-a-ser, ser e não-ser, sempre suscita em nosso coração a dúvida, a angústia e o medo. E, querendo ou não, precisamos tomar uma atitude.
            Muitos fogem da realidade. Outros preferem deixar de lado seus ideais a troco de uma situação mais confortável, estável e menos desafiante. Porém, há aqueles que se decidem a iniciar um projeto de vida autêntico, que não olham para o “querer ter” e sim para o “querer ser”, que buscam uma realização mais plena possível.
Nessas horas, vale a pena ser cristão, acreditar em um Deus, que “está conosco” (Salmo 46, 12). Se Jesus é a plenitude da revelação de Deus a nós, segui-lo é caminhar em direção a essa plenitude e dela participar. Portanto, a todos aqueles que se sentem chamados ao seguimento do Cristo, ainda mais especificamente na vida religiosa ou no sacerdócio, “não tenham medo!” (Mt 10, 31), pois a vocação é 

um arriscar-se nas mãos de Deus”.

Antes arriscar em Deus do que fora Dele. De qualquer forma, como religiosos ou leigos, padres ou pais de família, estar em Deus nos é o necessário, pois quem o segue “não caminha nas trevas, mas possui a luz da vida” (Jo 8,12), vida esta, que é a primeira dentre todas as vocações.
Seguir a Cristo é tomar a sua cruz. Cruz que simboliza o projeto de vida cristão autêntico, ciente das alegrias e das dificuldades, da calmaria e da tempestade dos mares da vida, que nos realize particularmente e que também leve os outros a se realizarem, que edifique o Reino e Reinado de Deus entre nós. Na vida religiosa ou não, as palavras de Jesus são as mesmas “quem não toma a sua cruz é não me segue, não é digno de mim” (Mt 10, 38).
Que a nossa vocação, seja também um chamado à santidade. Como nos diz o Papa Paulo VI na Evangelli nuntiandi: “Será, pois, pelo seu comportamento, pela sua vida, que a Igreja há de, antes de mais nada, evangelizar este mundo; ou seja, pelo seu testemunho vivido de fidelidade ao Senhor Jesus, de pobreza, de desapego e de liberdade frente aos poderes deste mundo; numa palavra, testemunho de santidade”.
A vocação é um chamado. Chamado à vida, chamado ao seguimento de Jesus, chamado à santidade. Seja ela qual for. “Os santos são como pequenos espelhos nos quais Jesus Cristo se contempla [...] Nem todos os santos começaram bem, mas acabaram bem” (São João Maria Vianney). Cabe a nós descobrirmos e assumirmos nossa vocação. Buscarmos a nossa realização, tornarmo-nos santos.
Coragem! Vamos OUVIR, DECIDIR e SEGUIR!

Leandro Aparecido Rossetto Alves
Belo Horizonte/MG

JUVENTUDE AGOSTINIANA

>>>>>>>>Os três pilares principais do carisma agostiniano são Interioridade, Vida em Comunidade e Serviço à Igreja. Além das ordens e congregações religiosas que bebem desse carisma há os grupos de leigos.
IDENTIDADE VISUAL OFICIAL DO GRUPO

            Os grupos de leigos são formados por pessoas que não sendo religiosos decidem experimentar o carisma e a espiritualidade agostiniana. Essas pessoas vivem no seu cotidiano princípios norteadores de uma vida cristã comprometida desde Santo Agostinho.
            Na Paróquia Cristo Redentor – Belo Horizonte surgiu um grupo de leigos que se identificaram com o carisma agostiniano. Essa paróquia tem como característica um trabalho desenvolvido em parceria entre frades e povo, num movimento dialógico e próximo. Assim sendo, é comum perceber leigos que se sentem diretamente ligados ao jeito agostiniano de ser.
            De tal modo que ao surgir um grupo de jovens no ano passado, os jovens foram assimilando os elementos principais que distinguem os agostinianos na Igreja. A partir do surgimento do grupo, e posteriormente com o interesse por uma identificação agostiniana, os jovens receberam uma assessoria dos formandos da Fraternidade Agostiniana, e um apoio do frei Luiz Antônio.
            Este grupo, que agora tem por nome Juventude Agostiniana, não quer ser algo isolado na Igreja senão um grupo atuante na realidade política-eclesial-social na qual está inserido. O carisma agostiniano ao invés de enclausurar o grupo numa atuação limitada abre-o para os mais variados serviços e atividades, tendo, porém como diferencial aquele “jeito agostiniano de ser”, e nutrindo-se a partir de tão rica espiritualidade.
            A Juventude Agostiniana trabalha várias temáticas em suas reuniões, tratando, assim, de discutir os problemas da sociedade hodierna, além de um olhar crítico sobre a própria dimensão religiosa do ser humano.

            Dentro das diversas propostas temáticas trabalhadas, o grupo articula ação social e pastoral, para não se reduzir a um grupo de mera discussão.
            Em 2010 os jovens já visitaram asilos, trabalharam em projetos arquidiocesanos, em atividades paroquiais e comunitárias.
Teatro sobre a vida de SANTO AGOSTINHO
            Uma marca diferencial nesta forma de Pastoral da Juventude Agostiniana é a presença viva dos três pilares desse carisma. O grupo propicia aos jovens a criação de laços de amizade e fraternidade, que os impulsionam a um olhar para si mesmos. A partir daqueles laços e de uma reflexão sobre o próprio eu e a busca de Deus na interioridade acontece a ação pastoral, que é propriamente o serviço à Igreja.
                        Já se somam mais de 25 jovens, os que integram o grupo, vindos das mais variadas realidades sociais e econômicas. A faixa-etária é variada, os membros oscilam entre 15 e 28 anos.
Os jovens estão cada vez mais interessados em descobrir a nossa espiritualidade, devemos, pois, assumir a missão de acompanhá-los mais frequentemente a começar por nossas orações, e mesmo visitas ao grupo.
Vale lembrar que além da presença dos formandos da Ordem de Santo Agostinho, os jovens agostinianos contam com uma formanda dominicana. Esta congregação também bebe de fontes agostinianas, pois tem a regra de Santo Agostinho como sua.
Visita à Casa de Repouso dos Idosos
Santa Mônica é a comunidade da Paróquia Cristo Redentor na qual a Juventude Agostiniana tem sede. Peçamos, pois, a boa mãe de Agostinho que interceda por esses jovens que se lançam inquietos na busca por Deus.

Luis Hernandes Matos
Belo Horizonte/MG